domingo, 16 de dezembro de 2012

Pena

Certamente não procuro pelo que me faz descolado
Para início de alguma prosa, essa característica não foi decodificada no meu genótipo.
Olhe bem para mim. Bem nos meus olhos. Diga-me o que vê!
Se me faltasse uma perna, nem assim, seria digno de alguma pena alheia.

Resolvi desobedecer a sua lei
Não comi da sua comida, não bebi da sua água e nem me banhei no seu rio.
Lutar para me parecer como o seu povo não foi (ou é) alguma meta minha
Escolher entre direita e esquerda para quê? O fim será o matadouro mesmo.

Aí sento-me aqui
Mas não me deixam em paz!
Querem que eu vá pra lá e depois pra cá
Sempre sob a moral e a ética

O que escolhi é para mim
Para beber, comer e vestir
Não me faz menor que você
Influenciado por alguém que só explora do teu trabalho (ou do de seus pais).

Um respeito, sem desonras, seria de se esperar
Aquilo que cada um escolher é seu e só seu
Digam não e não!
Olhem para o seu umbigo