domingo, 25 de dezembro de 2011

Uma Mancha...

Eu sei que há algo que devo fazer nessa vida para que ela tenha algum sentido
Há algo que, desde os primórdios da existência, já foi reservado para mim
E que devemos lutar muito para conquistá-lo.

Mas o desejo de parar, sentar e chorar no meio do caminho (se é que estamos no caminho)
Parece gritar e te chacoalhar.
Faz a sua carne ansiar pelo o que o espirito não pode provar.

E nos sedemos
Deixamos o corpo, embriagado por um torpor momentaneamente anestésico, perambular pelas esquinas
Fazendo tudo o que deseja.

A carne e suja
E devemos duvidar de tudo que vem dela.
Porque o que se sobrepõe, inibe um terceiro fundamental

Não quero me amar e me aceitar
Com todos os erros e sujeira que há em mim.
Não quero dissimular a falta dos mesmos

Mas quero, voltar a quando tudo era inocente o suficiente
Para viver despreocupado
Sorrindo a todo momento e ignorando aquilo que não nos cabia.